2ª Edição: SEMEANDO FÁBULAS, COLHENDO TOLERÂNCIA.



Nascidas em tempos remotos, as fábulas são histórias de animais que nos trazem sempre um ensinamento, denominado “moral”. Esses animais, entretanto, vão representar um determinado tipo de ser humano (como a cigarra  simbolizando o preguiçoso, e a formiga simbolizando o trabalhador) e são a parte “fantasiosa” dessas histórias. Um grande autor de fábulas foi o escravo grego Esopo, que teria vivido no séc. VI antes de Cristo. As fábulas foram tão famosas na Grécia Antiga como as novelas são hoje para os brasileiros, e muitos apreciavam ouvir essas histórias na praça da cidade ou, até mesmo, dentro de suas casas.
As fábulas estavam voltadas principalmente para as questões sociais daquela época, visando formar o caráter das crianças e dos jovens ouvintes. Pensando nisso,  decidi ensinar as fábulas para os alunos da turma 1006, da professora LIEN BORGES, pedindo a eles que criassem histórias focadas em um tema bastante importante na nossa sociedade: a intolerância.
Intolerância é quando um indivíduo não aceita uma característica de outro, seja ele da escola ou do trabalho. A intolerância é também a causadora do BULLYING, o qual tem aparecido na mídia e vem sido combatido nas escolas do nosso país. Os principais motivos dessa forma de preconceito são as diferenças racial, social, regional, religiosa, estética e sexual, e há ainda várias outras formas de intolerância, menos conhecidas, praticadas contra os idosos e portadores de deficiência, por exemplo.
Escrevendo histórias sobre esse problema social - o desrespeito às diferenças - os alunos puderam ter uma maior visão sobre o assunto e perceber, afinal, que não somos tão diferentes assim, e que o respeito deve ser prioritário na relação que construímos com o outro. Vejam, agora, a fábula sobre intolerância que mais se destacou na turma 1006:

O Preguiça-de-coleira e o Lobo-guará
Em certo tempo, havia em uma floresta um Lobo-guará que odiava o bicho-preguiça, só porque ele era bem diferente dos outros.
Certo dia, o lobo-guará reuniu toda a bicharada para fazer uma reunião contra o bicho-preguiça. Assim, reunindo todos os bichos eles disseram que o preguiça, que se chamava, Felipe, deveria ser expulso da floresta. Eles diziam:
- O Felipe é cinza – disse um deles.
- Mas todos os bicho-preguiça são cinza – disse o outro.
- Mas o tom dele é diferente. Todos os bichos-preguiça têm que ser do mesmo tom de cinza – diziam os outros.
Neste dia, nenhum deles chegou a nenhuma conclusão. Com isso, Felipe estava ficando muito triste a cada dia que passava. Ele não tinha culpa se o tom do seu pêlo era diferente do dos outros. Ele era muito legal, mas ninguém lhe dava uma chance para mostrar suas qualidades.
Até que em um certo dia começou a chover muito, muito, muito... Todos os bichos correram para suas casas. As casas de alguns caíram e a casa de Felipe lá em pé. Por serem racistas não queriam pedir abrigo a Felipe. Alguns morreram por causa do preconceito, mas outros pediram a Felipe que lhes deixassem entrar.
Os que ficaram com Felipe, na casa, começaram a conversar com ele pelo nervosismo e acabaram descobrindo que não era a diferença que fazia a personalidade, mas sim, a personalidade que fazia a diferença.

Moral da História: Nunca julgue pelas diferenças, as aparências enganam.

Thatyane Carvalho, turma 1006




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Fernando Alfradique

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